A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal, ou seja, a pessoa sente uma tristeza muito grande de caráter prolongado, com perda de auto-estima, perda de motivação para a vida, podendo até mesmo tentar o suicídio. Em casos mais graves da depressão pós-parto, algumas mulheres apresentam tendência ao abandono do recém nascido ou mesmo ao seu extermínio, afirma.
Fisicamente, sintomas como alterações gastrointestinais, com ressecamento de boca, de intestino, dores de cabeça, insônias podem ser indícios de uma depressão. Para ser considerado depressão pós-parto é necessário que ela ocorre até o sexto mês após o parto. Essa depressão é prolongada e normalmente necessita de medicamento e acompanhamento psiquiátrico para controlar, pois não é um caso autolimitante.
Conseqüências
Médicos e familiares devem ficar bem atentos aos sintomas para não se confundirem no diagnóstico. No período pós-parto inicial é comum à mulher passar por um quadro de depressão leve, que não traz maiores conseqüências.
Na literatura americana essa depressão leve é denominada de "blues post partum" e atinge 50% das mulheres. Nesses casos o que ocorre é uma vontade de chorar, um "baixo astral" que começa entre o segundo e o quarto dia após o parto e é auto limitante, logo melhora. Não existe um tempo determinado de duração, geralmente vai de 4 a 5 semanas.
A possibilidade de uma "blues post partum" evoluir para um quadro de depressão pós-parto propriamente dito é mínima. Um caso típico de depressão pós-parto já começa com características mais severas.
Indícios
Saber se a mãe terá ou não depressão após o parto, antes do nascimento do bebê é muito difícil. As mulheres com tendência depressivas anterior à gravidez requerem mais atenção dos familiares. A situação da gestação também é um fator a ser avaliado. Uma gravidez rejeitada, ou uma gestação em que houve problemas mais sérios a nível pessoal pode provocar uma associação do problema com o bebê. Tais fatores também podem desencadear um quadro depressivo caso a mãe acredite que a gravidez foi um mal. Depois do nascimento o que tem de ser observado é a intensidade dos sintomas.
Não existe um trabalho específico para prevenção de depressão pós-parto, mas o pré-natal, além de orientar a mãe e prevenir uma série de doenças e problemas com a mamãe e o bebê, também serve como prevenção de uma depressão pós-parto. Durante o pré-natal os médicos procuram dar segurança à mãe tanto em termos orgânicos como psicológicos. Fazendo com que a gravidez da paciente seja tranqüila e com um grau de informação significativo, considera-se que o pré-natal é um fator de prevenção contra a depressão pós-parto.
Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=2827&ReturnCatID=1712
Nenhum comentário:
Postar um comentário